Aziz Ab'saber
Aziz Nacib Ab'Saber (São Luís do Paraitinga, 24 de outubro
de 1924 — Cotia, 16 de março de 2012 ) foi um geógrafo e professor
universitário brasileiro.
Considerado como referência em assuntos relacionados ao meio
ambiente e a impactos ambientais decorrentes das atividades humanas foi um
cientista polivalente, laureado com as mais altas honrarias científicas, em
arqueologia, geologia e ecologia - Membro Honorário da Sociedade de Arqueologia
Brasileira, Grã-Cruz em Ciências da Terra pela Ordem Nacional do Mérito
Científico, Prêmio Internacional de Ecologia de 1998 e Prêmio Unesco para
Ciência e Meio Ambiente. Era Professor Emérito da Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, professor honorário do
Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade e ex-presidente e atual
Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Embora aposentado compulsoriamente no final do século XX, manteve-se em
atividade até o fim da vida.
Na véspera da sua morte, entregou à SBPC os arquivos de sua
obra completa, em DVD, com a seguinte dedicatória: "Tenho o grande prazer
de enviar para os amigos e colegas da Universidade o presente DVD que contém um
conjunto de trabalhos geográficos e de planejamento elaborados entre 1946-2010.
Tratando-se de estudos predominantemente geográficos, eu gostaria que tal DVD
seja levado ao conhecimento dos especialistas em geografia física e humana da
universidade".
Morte
Ab'Saber morreu de parada cardíaca na manhã de 16 de março
de 2012, às 10h20min, em sua casa na região metropolitana de São Paulo, aos 87
anos. A informação foi dada pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência), instituição que Ab'Saber presidiu de 1993 a 1995 e da qual era
presidente de honra e conselheiro.
Apesar da idade avançada, o geógrafo continuava sendo um
observador atento das controvérsias políticas relativas à questão ambiental.
Envolveu-se, por exemplo, com a discussão do novo Código Florestal Brasileiro,
que pode alterar as áreas de preservação obrigatórias em propriedades
particulares, nos últimos dois anos. Segundo a SBPC, Ab'Saber criticou o texto
por não considerar o zoneamento físico e ecológico de todo o Brasil e não levar
em consideração a diversidade de paisagens naturais do país. O estudioso também
chegou a sugerir a criação de um Código da Biodiversidade para implementar a
proteção a espécies da flora e da fauna brasileiras.
Caracteristicas de sua obra
Ab'Saber defendeu um papel mais ativo dos cientistas, com a
ciência aplicada e colocada a serviço dos movimentos sociais.6 Esse ideal o
levou a ser consultor ambiental do Partido dos Trabalhadores e a tornar-se
próximo de Lula por um longo período. Posteriormente tornou-se crítico do Governo
Lula devido, especialmente, à sua política ambiental - a qual classificou como
a maior frustração na história do movimento ambientalista brasileiro. O intenso
apoio governamental aos usineiros e ao projeto de Transposição do Rio São
Francisco - que julgava servir primordialmente aos interesses dos grandes
proprietários de terra do nordeste seco - também colaboraram para seu
distanciamento. Avaliava que o governo, ao mesmo tempo em que conseguia
popularidade com medidas mitigadoras, aprofundava um modelo de desenvolvimento
hostil aos interesses da maior parte da população brasileira. Com a
credibilidade adquirida nas décadas de trabalho como cientista, Ab'Saber
procurava respaldar os movimentos sociais que lutam contra obras
desenvolvimentistas hostis aos seus interesses e seus modos de vida - como a
citada transposição do Rio São Francisco ou a barragem dos rios do Vale do
Ribeira. Homenageado do ano durante a reunião do SBPC de 2010, Ab'Saber
proferiu pesadas críticas às mudanças no Código Florestal brasileiro
colocando-o no contexto de desmonte da política ambiental brasileira.
Sua última crítica referia-se ao chamado aquecimento global,
classificando-o como uma das grandes farsas da atualidade. Ab'Saber não negava
o aquecimento mas afirmava que a contribuição antrópica para o fenômeno ainda
não era suficientemente conhecida. Afirmava que algumas das previsões de
impactos estavam baseadas em pressupostos equivocados, resultando em
diagnósticos consequentemente inválidos. Apontava a onda de calor do verão (no
hemisfério sul) 2009-2010 como exemplo de como a interpretação dos fenômenos
climáticos é, por vezes, distorcida. Enquanto muitos argumentam que o
aquecimento global foi o responsável por isso, Ab'Saber recordava que este fora
o pico de atividade do El Niño, que se repete a cada doze anos (ou treze anos
ou, ainda, a cada 26 anos) e que, portanto, um pico de calor era esperado.
O valor literário de sua obra também foi reconhecido. Aziz
Ab'Saber recebeu três vezes o Prêmio Jabuti: duas vezes na categoria de
ciências humanas e uma vez para ciências exatas.
Milton Santos
Milton Santos nasceu no município baiano de Brotas de
Macaúbas em 3 de maio de 1926. Ainda criança, migrou com sua família para
outras cidades baianas, como Ubaitaba, Alcobaça e, posteriormente, Salvador. Em
Alcobaça, com os pais e os avós maternos (todos professores primários), foi
alfabetizado e aprendeu álgebra e a falar francês.
Aos 13 anos, Milton dava aulas de matemática no ginásio em
que estudava, o Instituto Baiano de Ensino. Aos 15, passou a lecionar Geografia
e, aos 18, prestou vestibular para Direito em Salvador. Enquanto estudante
secundário e universitário marcou presença na militância política de esquerda.
Formado em Direito, não deixou de se interessar pela Geografia, tanto que fez
concurso para professor catedrático no Colégio Municipal de Ilhéus. Nesta
cidade, além do magistério desenvolveu atividade jornalística, estreitando sua
amizade com políticos de esquerda. Nesta época, escreveu o livro Zona do Cacau,
posteriormente incluído na Coleção Brasiliana, já com influência da Escola
Regional francesa.
Em 1958, concluiu seu doutorado na Universidade de
Strasburgo, na fronteira da França com a Alemanha. Ao regressar ao Brasil,
criou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais, mantendo intercâmbio
com os mestres franceses. Após seu doutorado, teve presença marcante na vida
acadêmica, em atividades jornalísticas e políticas de Salvador. Em 1961, o
presidente Jânio Quadros o nomeia para a subchefia do Gabinete Civil, tendo
viajado a Cuba com a comitiva presidencial - o que lhe valeu registro nos
órgãos de segurança nacional após o golpe de 1964.
Exílio
Em função de suas atividades políticas junto à esquerda,
Milton foi perseguido pelos órgãos de repressão da ditadura militar. Seus
aliados e importantes políticos intervieram junto às autoridades militares para
negociar sua saída do país, após ter cumprido meio ano de prisão domiciliar.
Milton achou que ficaria fora do país por 6 meses, mas acabou ficando 13 anos.
Milton começa seu exílio em Toulouse, passando por Bordeaux, até finalmente
chegar em Paris em 1968, onde lecionou na Sorbonne, tendo sido diretor de
pesquisas de planejamento urbano no prestigiado Iedes.
Permaneceu em Paris até 1971, quando se mudou para o Canadá.
Trabalhou na Universidade de Toronto. Foi para os Estados Unidos, com um
convite para ser pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT),
onde trabalha com Noam Chomsky. No MIT trabalha em sua grande obra O Espaço
Dividido. Dos EUA viaja para a Venezuela, onde atua como diretor de pesquisa
sobre planejamento da urbanização do país para um programa da ONU. Neste país
manteve contato com técnicos da Organização dos Estados Americanos. Estes
contatos facilitaram sua contratação pela Faculdade de Engenharia de Lima, onde
foi contratado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para elaborar
um trabalho sobre pobreza urbana na América Latina.
Posteriormente, foi convidado para lecionar no University
College de Londres, mas o convite ficou apenas na tentativa, já que lhe
impuseram dificuldades raciais. Regressa a Paris, mas é chamado de volta à Venezuela,
onde leciona na Faculdade de Economia da Universidade Central. Segue,
posteriormente para Tanzânia, onde organiza a pós-graduação em Geografia da
Universidade de Dar es Salaam. Permaneceu por dois anos no país, quando recebeu
o primeiro convite de uma universidade brasileira, a Universidade de Campinas.
Antes disso, regressa à Venezuela, passando antes pela Universidade de Colúmbia
de Nova Iorque.
Volta ao Brasil
No final de 1976, houve contatos para a contratação de
Milton pela universidade brasileira, mas não havia segurança na área política e
o contato fracassou. Em 1977, Milton tenta inscrever-se na Universidade da
Bahia, mas, por artimanhas político-administrativas, sua inscrição foi
cancelada. Ao regressar da Universidade de Colúmbia iria para a Nigéria, mas
recusou o convite para aceitar um posto como Consultor de Planejamento do
estado de São Paulo e na Emplasa. Esse peregrinar lhe custou muito, mas sua
volta representou um enorme esforço de muitos geógrafos, destacando-se Armen
Mamigonian, Maria do Carmo Galvão, Bertha Becker e Maria Adélia de Souza.
Quanto ao seu regresso, Milton tinha um grande papel nas mudanças estruturais
do ensino e da pesquisa em Geografia no Brasil.
Após seu regresso ao Brasil, lecionou na Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) até 1983. Em 1984 foi contratado como
professor titular pelo Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo
(USP), onde permaneceu mesmo após sua aposentadoria.2 . Também lecionou
geografia na Universidade Católica de Salvador.
Milton Santos veio a falecer em São Paulo no dia 24 de junho
de 2001, aos 75 anos, vítima de um câncer de próstata.
Tragetória e reconhecimento
Embora pouco
conhecido fora do meio acadêmico, Santos alcançou reconhecimento fora do país,
tendo recebido, em 1994, o Prêmio
Vautrin Lud (conferido por universidades de 50 países).
- Sua obra O
espaço dividido, de 1979, é hoje
considerado um clássico mundial, onde desenvolve uma teoria sobre o
desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos.
- Suas ideias de globalização,
esboçadas antes que este conceito ganhasse o mundo, advertia para a
possibilidade de gerar o fim da cultura, da produção original do
conhecimento - conceitos depois desenvolvidos por outros. Por uma
Outra Globalização, livro escrito por Milton Santos dois anos antes de
morrer, é referência hoje em cursos de graduação e pós-graduação em
universidades brasileiras. Traz uma abordagem crítica sobre o processo
perverso de globalização atual na lógica do capital, apresentado como um
pensamento único. Na visão dele, esse processo, da forma como está
configurado, transforma o consumo em ideologia de vida, fazendo de
cidadãos meros consumidores, massifica e padroniza a cultura e concentra a
riqueza nas mãos de poucos.
Jurandir Ross
Jurandyr Luciano Sanches Ross é um geógrafo brasileiro,
formado pela Universidade de São Paulo, com mestrado, doutorado e
livre-docênciaem Geografia Física pela mesma Universidade.
Carreira
É membro do conselho editorial da Revista do Instituto
Florestal, da Revista Brasileria de Geomorfologia, do conselho consultivo do
Boletim de Geografia da Universidade Estadual de Maringá e professor titular da
Universidade de São Paulo. Foi chefe do Departamento de Geografia da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP de 1983 até 2010.
Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em
Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: geomorfologia,
cartografia,gestão ambiental, zonamento ecológico-econômico e planejamento
ambiental e produção do conhecimento geocientífico.
Foi professor do primeiro e segundo graus na rede de ensino
privado e participou do Projeto Radam e do mapeamento geomorfológico do
Centro-Oeste e Sul da Amazônia.
Como consultor participou também dos estudos ambientais para
a construção de hidrelétricas dos rios Xingu, Madeira, Iguaçu e Uruguai.
Participou também das pesquisas socioambientais para Zoneamento
Ecológico-Econômico junto ao MMA (Ministério do Meio Ambiente); dos projetos da
bacia do Alto Paraguai, zona costeira do Brasil e do PPG7 - Programa de
Proteção das Florestas Tropicais - Amazônia.
Publicações
·
Geomorfologia ambiente e planejamento (Editora Contexto, 1990)
· Geografia do
Brasil (co-autoria, coleção Didática da Edusp, 1996)
· Ecogeografia
do Brasil - Subsídio para Planejamento Ambiental (Oficina de Textos, 2006)
Caio da Silva
Prado Júnior (São Paulo, 11 de fevereiro de 1907 — São Paulo, 23 de novembro de
1990) foi um historiador, geógrafo, escritor,político e editor brasileiro.
As suas obras
inauguraram, no país, uma tradição historiográfica identificada com o marxismo,
buscando uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira.
Biografia
Caio da Silva
Prado Júnior nasceu em São Paulo, em 11 de fevereiro de 1907.1 Proveniente de
uma família de políticos e da sociedade nobre paulista, vários parentes seus
exerceram papel de destaque na vida político-econômica de São Paulo, como por
exemplo, seu avô Martinho Prado Júnior e seus tios-avô Antônio Prado e Eduardo
Prado; sendo que os dois primeiros também possuíram mandatos na Assembleia
Legislativa de São Paulo.
Bacharelou-se
em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo (1928) , onde
mais tarde seria livre-docente de Economia Política.
Como
intelectual teve importante atuação política ao longo das décadas de 1930 e
1940, tendo participado das articulações para a Revolução de 1930. Decepcionado
com a inconsistência política e ideológica da República Nova, aproximou-se do marxismo
e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil, em 1931.
A 12 de
agosto de 1931, em São Paulo, nasce seu filho (com Hermínia F. Cerquilho), Caio
Graco, que mais tarde conduzirá a Editora Brasiliense, fundada pelo pai em
1943.
Publicou, em
1933, a sua primeira obra - Evolução Política do Brasil -, uma tentativa de
interpretação da história política e social do país.Após uma viagem à União
Soviética em 1933 , à época no governo de Stálin, e a alguns países
socialistas, alinhados à União Soviética, publicou URSS - um novo mundo (1934),
edição apreendida pela censura do governo de Getúlio Vargas, que passaria a
combater. Ingressou na Aliança Nacional Libertadora, a qual presidiu em São
Paulo.
Em 1934, ano
de implantação da Universidade de São Paulo (USP), juntamente com os
professores Pierre Deffontaines, Luís Flores de Morais Rego e Rubens Borba de
Morais, Caio Prado Júnior participou da fundação da Associação dos Geógrafos
Brasileiros - AGB, primeira entidade científica de caráter nacional.
Em 1942 publicou
o clássico Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia, que deveria ter sido a
primeira parte de uma coletânea sobre a evolução histórica brasileira, a partir
do período colonial. Entretanto, os demais volumes jamais foram escritos. Neste
livro, alcança superar uma prática até então usual na Historiografia
brasileira, qual seja, a da anacronia, consistente em se se analisarem os fatos
passados sem perder de vista o seu desenlace presente. Caio Prado Júnior, por
seu turno, é capaz de analisar os processos históricos a partir do mundo em que
se desenvolveram, elaborando o mais completo quadro do Brasil Colônia até então
traçado. Pautando a sua investigação em relatos coetâneos ao período do Brasil
Colônia, pinta um retrato sem retoques de uma plano geográfico de que se
encontram não poucas marcas no Brasil de hoje. O livro, ao lado de
"Casa-Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, e de "Raízes do
Brasil", de Sérgio Buarque de Holanda, forma uma tríade inelutável para se
alcançar um conhecimento de como funcionam as estruturas sociais do país.
Entrementes, em diferenciação a seus pares, Prado Júnior tende a dar as costas
a um certo subjetivismo e a um certo tom redentor - apegando-se a evidências e
evitando lucubrações simplistas, acaba por elaborar o livro que mais
solidamente caracteriza a formação da sociedade brasileira.
Em 1945 foi
eleito deputado estadual, como terceiro suplente pelo Partido Comunista
Brasileiro e, em 1948 como deputado da Assembleia Nacional Constituinte.
Todavia, este último mandato lhe seria cassado em 1948, na sequência do
cancelamento do registro do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Dirigiu o
vespertino A Plateia e, em 1943, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato,
fundou a Editora Brasiliense, na qual lançou, posteriormente, a Revista
Brasiliense, editada entre 1956 e 1964.
Na década de
1950, desenvolveu sua discussão sobre dialética, publicando dois livros: A
Dialética do Conhecimento (1952) e Notas Introdutórias à Lógica Dialética
(1959).
Sofreu novas
perseguições durante o Regime Militar, após 1964.
Em 1966 foi
eleito o Intelectual do Ano, com a conquista do Prêmio Juca Pato, concedido
pela União Brasileira de Escritores, devido à publicação, naquele ano, do
polêmico A revolução brasileira, uma análise dos rumos do país após o movimento
de 1964
Obras
As principais obras de Prado Júnior:
· 1933:
Evolução política do Brasil
· 1934: URSS -
um novo mundo
· 1942:
Formação do Brasil Contemporâneo
· 1945:
História Econômica no Brasil
· 1952:
Dialética do Conhecimento
· 1953:
Evolução Política do Brasil e Outros Estudos
· 1954:
Diretrizes para uma Política Econômica Brasileira
· 1957: Esboço
de Fundamentos da Teoria Econômica
· 1959:
Introdução à Lógica Dialética (Notas Introdutórias)
· 1962: O
Mundo do Socialismo
· 1966: A
Revolução Brasileira
· 1971:
Estruturalismo de Lévi-Strauss - O Marxismo de Louis Althusser
· 1972:
História e Desenvolvimento
· 1979: A
Questão Agrária no Brasil
· 1980: O que
é Liberdade
· 1981: O que
é Filosofia
· 1983: A
Cidade de São Paulo
Obs.: A maior parte das obras do autor foi publicada pela
Editora Brasiliense.
Então é isso pessoal se tem algum nome que vocês querem saber mais um pouco, é só colocar nos comentários.