1 de agosto de 2013

A atmosfera de marte

Compreendendo a atmosfera de marte 



Marte e a Terra possuem semelhanças físicas, químicas e históricas. Marte já teve oceanos, rios, água em abundância e uma atmosfera mais densa que atualmente. Sabemos que não existe vida, ao menos muito evoluída por lá. Mas é possível a vida tenha surgido e sido impedida de progredir por causa das alterações climáticas. Dada as semelhanças entre Terra e Marte, conhecer o que aconteceu por lá pode nos ajudar a entender mais sobre processos naturais globais que ocorrem aqui em nosso planeta.


Equipamento em laboratório semelhante ao que está a bordo do Curiosity (imagem:NASA/JPL-Caltech)

Um equipamento a bordo do robozinho Curiosity estudou a abundância de diferentes gases e isótopos na atmosfera de Marte.
O núcleo do átomo de qualquer elemento químico é formado por prótons e nêutrons. Isótopo é uma variação de um elemento químico, com mesma quantidade de prótons e elétrons, mas diferente número de nêutrons. A diferença entre as quantidades de nêutrons produz uma diferença no peso atômico. O isótopo carbono-12 é mais leve que o carbono-13.
O ar de Marte é abundante em dióxido de carbono, uma molécula que permitiu o estudo de isótopos de carbono e oxigênio. Os dados mostraram que a atmosfera do planeta é rica em isótopos pesados desses dois elementos, em comparação com as quantidades originais, que podem ser obtidas da mesma análise de isótopos no Sol e de amostras de atmosfera aprisionadas em meteoritos marcianos.
E é aqui que entra a pista sobre o que aconteceu para diminuir a quantidade de ar em Marte: a presença mais abundante de isótopos pesados, indica que os leves foram embora primeiro, ou seja, a atmosfera começou a ficar mais rara de cima para baixo. Qualquer que tenha sido exatamente a causa, a diminuição da densidade da atmosfera de Marte começou de cima, e não de uma interação com a superfície do planeta.
Processos naturais acontecem e precisamos entendê-los. É bastante possível que o terrível aquecimento global que nos preocupou aqui na Terra seja também um processo natural, em vez de apenas consequência da intervenção humana, assim como foram as eras do gelo. Talvez nossa capacidade de ação seja pequena diante de alguns desses processos naturais globais, mas só saberemos o que podemos e o que não podemos fazer compreendendo-os. Com certeza, a Terra é muito mais estável que Marte, mas não custa nada compreender bem o que aconteceu com a água e com a atmosfera de nosso vizinho vermelho.



30 de julho de 2013

Zeitgeist

Não tenho muito o que falar desse Documentário só que ele mudou completamente minha maneira de ver as crenças religiosas, de ver a geografia. Me permitindo criar meus próprios pensamentos sobre a vida, se amo geografia hoje em dia devo 50% a esse Doc.


Tá ai pessoal, espero que a importância desse documentário na vida estudantil ou até mesmo social de vocês tenha a mesma importância que na minha, valeu e até a próxima. 

A Bíblia do Diabo

Coisas inexplicáveis estão por todo lado, coisas que nem mesmo a ciência ainda conseguiu respostas, vasculhando o canal da Nat Geo encontrei esse Doc sobre uma dessas coisas sem explicação, Uma equipe de especialistas e cientistas realiza uma investigação sem precedentes sobre os segredos do Codex Gigas, também conhecido como A Bíblia do diabo. A superstição e o mistério têm permeado este manuscrito medieval há séculos. O antigo livro, que se encontra na Biblioteca Nacional da Suécia, será analisado com luz ultravioleta e grafologia para que os seus segredos sejam desvendados.
                           

E então gostaram? eu achei fantástico quando eu assisti, pensei em quem criou? por que criou? como criou? e simplesmente adorei esse Doc. Não esqueçam de curtir nossa pagina no facebook valeu pessoal.


Holocausto - Execução do mal

Olá pessoal aqui segue um Documentário da History que trata sobre o horror do Holocausto espero que gostem, eu achei super interessante então vamos lá.




E então? gostaram? espero que sim, só lembrando que estamos no Facebook também então por favor curtam a pagina é só procurar a like box aqui no blog e curtir, valeu pessoal até a próxima.

17 de julho de 2013

Grandes Geógrafos Brasileiros

Aziz Ab'saber 


Aziz Nacib Ab'Saber (São Luís do Paraitinga, 24 de outubro de 1924 — Cotia, 16 de março de 2012 ) foi um geógrafo e professor universitário brasileiro.
Considerado como referência em assuntos relacionados ao meio ambiente e a impactos ambientais decorrentes das atividades humanas foi um cientista polivalente, laureado com as mais altas honrarias científicas, em arqueologia, geologia e ecologia - Membro Honorário da Sociedade de Arqueologia Brasileira, Grã-Cruz em Ciências da Terra pela Ordem Nacional do Mérito Científico, Prêmio Internacional de Ecologia de 1998 e Prêmio Unesco para Ciência e Meio Ambiente. Era Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, professor honorário do Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade e ex-presidente e atual Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Embora aposentado compulsoriamente no final do século XX, manteve-se em atividade até o fim da vida.
Na véspera da sua morte, entregou à SBPC os arquivos de sua obra completa, em DVD, com a seguinte dedicatória: "Tenho o grande prazer de enviar para os amigos e colegas da Universidade o presente DVD que contém um conjunto de trabalhos geográficos e de planejamento elaborados entre 1946-2010. Tratando-se de estudos predominantemente geográficos, eu gostaria que tal DVD seja levado ao conhecimento dos especialistas em geografia física e humana da universidade".


Morte


Ab'Saber morreu de parada cardíaca na manhã de 16 de março de 2012, às 10h20min, em sua casa na região metropolitana de São Paulo, aos 87 anos. A informação foi dada pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), instituição que Ab'Saber presidiu de 1993 a 1995 e da qual era presidente de honra e conselheiro.
Apesar da idade avançada, o geógrafo continuava sendo um observador atento das controvérsias políticas relativas à questão ambiental. Envolveu-se, por exemplo, com a discussão do novo Código Florestal Brasileiro, que pode alterar as áreas de preservação obrigatórias em propriedades particulares, nos últimos dois anos. Segundo a SBPC, Ab'Saber criticou o texto por não considerar o zoneamento físico e ecológico de todo o Brasil e não levar em consideração a diversidade de paisagens naturais do país. O estudioso também chegou a sugerir a criação de um Código da Biodiversidade para implementar a proteção a espécies da flora e da fauna brasileiras.


Caracteristicas de sua obra


Ab'Saber defendeu um papel mais ativo dos cientistas, com a ciência aplicada e colocada a serviço dos movimentos sociais.6 Esse ideal o levou a ser consultor ambiental do Partido dos Trabalhadores e a tornar-se próximo de Lula por um longo período. Posteriormente tornou-se crítico do Governo Lula devido, especialmente, à sua política ambiental - a qual classificou como a maior frustração na história do movimento ambientalista brasileiro. O intenso apoio governamental aos usineiros e ao projeto de Transposição do Rio São Francisco - que julgava servir primordialmente aos interesses dos grandes proprietários de terra do nordeste seco - também colaboraram para seu distanciamento. Avaliava que o governo, ao mesmo tempo em que conseguia popularidade com medidas mitigadoras, aprofundava um modelo de desenvolvimento hostil aos interesses da maior parte da população brasileira. Com a credibilidade adquirida nas décadas de trabalho como cientista, Ab'Saber procurava respaldar os movimentos sociais que lutam contra obras desenvolvimentistas hostis aos seus interesses e seus modos de vida - como a citada transposição do Rio São Francisco ou a barragem dos rios do Vale do Ribeira. Homenageado do ano durante a reunião do SBPC de 2010, Ab'Saber proferiu pesadas críticas às mudanças no Código Florestal brasileiro colocando-o no contexto de desmonte da política ambiental brasileira.
Sua última crítica referia-se ao chamado aquecimento global, classificando-o como uma das grandes farsas da atualidade. Ab'Saber não negava o aquecimento mas afirmava que a contribuição antrópica para o fenômeno ainda não era suficientemente conhecida. Afirmava que algumas das previsões de impactos estavam baseadas em pressupostos equivocados, resultando em diagnósticos consequentemente inválidos. Apontava a onda de calor do verão (no hemisfério sul) 2009-2010 como exemplo de como a interpretação dos fenômenos climáticos é, por vezes, distorcida. Enquanto muitos argumentam que o aquecimento global foi o responsável por isso, Ab'Saber recordava que este fora o pico de atividade do El Niño, que se repete a cada doze anos (ou treze anos ou, ainda, a cada 26 anos) e que, portanto, um pico de calor era esperado.
O valor literário de sua obra também foi reconhecido. Aziz Ab'Saber recebeu três vezes o Prêmio Jabuti: duas vezes na categoria de ciências humanas e uma vez para ciências exatas.


Milton Santos



Milton Santos nasceu no município baiano de Brotas de Macaúbas em 3 de maio de 1926. Ainda criança, migrou com sua família para outras cidades baianas, como Ubaitaba, Alcobaça e, posteriormente, Salvador. Em Alcobaça, com os pais e os avós maternos (todos professores primários), foi alfabetizado e aprendeu álgebra e a falar francês.
Aos 13 anos, Milton dava aulas de matemática no ginásio em que estudava, o Instituto Baiano de Ensino. Aos 15, passou a lecionar Geografia e, aos 18, prestou vestibular para Direito em Salvador. Enquanto estudante secundário e universitário marcou presença na militância política de esquerda. Formado em Direito, não deixou de se interessar pela Geografia, tanto que fez concurso para professor catedrático no Colégio Municipal de Ilhéus. Nesta cidade, além do magistério desenvolveu atividade jornalística, estreitando sua amizade com políticos de esquerda. Nesta época, escreveu o livro Zona do Cacau, posteriormente incluído na Coleção Brasiliana, já com influência da Escola Regional francesa.
Em 1958, concluiu seu doutorado na Universidade de Strasburgo, na fronteira da França com a Alemanha. Ao regressar ao Brasil, criou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais, mantendo intercâmbio com os mestres franceses. Após seu doutorado, teve presença marcante na vida acadêmica, em atividades jornalísticas e políticas de Salvador. Em 1961, o presidente Jânio Quadros o nomeia para a subchefia do Gabinete Civil, tendo viajado a Cuba com a comitiva presidencial - o que lhe valeu registro nos órgãos de segurança nacional após o golpe de 1964.


Exílio 


Em função de suas atividades políticas junto à esquerda, Milton foi perseguido pelos órgãos de repressão da ditadura militar. Seus aliados e importantes políticos intervieram junto às autoridades militares para negociar sua saída do país, após ter cumprido meio ano de prisão domiciliar. Milton achou que ficaria fora do país por 6 meses, mas acabou ficando 13 anos. Milton começa seu exílio em Toulouse, passando por Bordeaux, até finalmente chegar em Paris em 1968, onde lecionou na Sorbonne, tendo sido diretor de pesquisas de planejamento urbano no prestigiado Iedes.
Permaneceu em Paris até 1971, quando se mudou para o Canadá. Trabalhou na Universidade de Toronto. Foi para os Estados Unidos, com um convite para ser pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde trabalha com Noam Chomsky. No MIT trabalha em sua grande obra O Espaço Dividido. Dos EUA viaja para a Venezuela, onde atua como diretor de pesquisa sobre planejamento da urbanização do país para um programa da ONU. Neste país manteve contato com técnicos da Organização dos Estados Americanos. Estes contatos facilitaram sua contratação pela Faculdade de Engenharia de Lima, onde foi contratado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para elaborar um trabalho sobre pobreza urbana na América Latina.
Posteriormente, foi convidado para lecionar no University College de Londres, mas o convite ficou apenas na tentativa, já que lhe impuseram dificuldades raciais. Regressa a Paris, mas é chamado de volta à Venezuela, onde leciona na Faculdade de Economia da Universidade Central. Segue, posteriormente para Tanzânia, onde organiza a pós-graduação em Geografia da Universidade de Dar es Salaam. Permaneceu por dois anos no país, quando recebeu o primeiro convite de uma universidade brasileira, a Universidade de Campinas. Antes disso, regressa à Venezuela, passando antes pela Universidade de Colúmbia de Nova Iorque.


Volta ao Brasil


No final de 1976, houve contatos para a contratação de Milton pela universidade brasileira, mas não havia segurança na área política e o contato fracassou. Em 1977, Milton tenta inscrever-se na Universidade da Bahia, mas, por artimanhas político-administrativas, sua inscrição foi cancelada. Ao regressar da Universidade de Colúmbia iria para a Nigéria, mas recusou o convite para aceitar um posto como Consultor de Planejamento do estado de São Paulo e na Emplasa. Esse peregrinar lhe custou muito, mas sua volta representou um enorme esforço de muitos geógrafos, destacando-se Armen Mamigonian, Maria do Carmo Galvão, Bertha Becker e Maria Adélia de Souza. Quanto ao seu regresso, Milton tinha um grande papel nas mudanças estruturais do ensino e da pesquisa em Geografia no Brasil.
Após seu regresso ao Brasil, lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) até 1983. Em 1984 foi contratado como professor titular pelo Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), onde permaneceu mesmo após sua aposentadoria.2 . Também lecionou geografia na Universidade Católica de Salvador.
Milton Santos veio a falecer em São Paulo no dia 24 de junho de 2001, aos 75 anos, vítima de um câncer de próstata.


Tragetória e reconhecimento


Embora pouco conhecido fora do meio acadêmico, Santos alcançou reconhecimento fora do país, tendo recebido, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud (conferido por universidades de 50 países).
  • Sua obra O espaço dividido, de 1979, é hoje considerado um clássico mundial, onde desenvolve uma teoria sobre o desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos.
  • Suas ideias de globalização, esboçadas antes que este conceito ganhasse o mundo, advertia para a possibilidade de gerar o fim da cultura, da produção original do conhecimento - conceitos depois desenvolvidos por outros. Por uma Outra Globalização, livro escrito por Milton Santos dois anos antes de morrer, é referência hoje em cursos de graduação e pós-graduação em universidades brasileiras. Traz uma abordagem crítica sobre o processo perverso de globalização atual na lógica do capital, apresentado como um pensamento único. Na visão dele, esse processo, da forma como está configurado, transforma o consumo em ideologia de vida, fazendo de cidadãos meros consumidores, massifica e padroniza a cultura e concentra a riqueza nas mãos de poucos.

Jurandir Ross


Jurandyr Luciano Sanches Ross é um geógrafo brasileiro, formado pela Universidade de São Paulo, com mestrado, doutorado e livre-docênciaem Geografia Física pela mesma Universidade.

Carreira


É membro do conselho editorial da Revista do Instituto Florestal, da Revista Brasileria de Geomorfologia, do conselho consultivo do Boletim de Geografia da Universidade Estadual de Maringá e professor titular da Universidade de São Paulo. Foi chefe do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP de 1983 até 2010.

Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: geomorfologia, cartografia,gestão ambiental, zonamento ecológico-econômico e planejamento ambiental e produção do conhecimento geocientífico.

Foi professor do primeiro e segundo graus na rede de ensino privado e participou do Projeto Radam e do mapeamento geomorfológico do Centro-Oeste e Sul da Amazônia.

Como consultor participou também dos estudos ambientais para a construção de hidrelétricas dos rios Xingu, Madeira, Iguaçu e Uruguai. Participou também das pesquisas socioambientais para Zoneamento Ecológico-Econômico junto ao MMA (Ministério do Meio Ambiente); dos projetos da bacia do Alto Paraguai, zona costeira do Brasil e do PPG7 - Programa de Proteção das Florestas Tropicais - Amazônia.


 Publicações

 
·         Geomorfologia ambiente e planejamento (Editora Contexto, 1990)
·         Geografia do Brasil (co-autoria, coleção Didática da Edusp, 1996)
·         Ecogeografia do Brasil - Subsídio para Planejamento Ambiental (Oficina de Textos, 2006)


Caio Prado Junior 


Caio da Silva Prado Júnior (São Paulo, 11 de fevereiro de 1907 — São Paulo, 23 de novembro de 1990) foi um historiador, geógrafo, escritor,político e editor brasileiro.
As suas obras inauguraram, no país, uma tradição historiográfica identificada com o marxismo, buscando uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira.

Biografia 

Caio da Silva Prado Júnior nasceu em São Paulo, em 11 de fevereiro de 1907.1 Proveniente de uma família de políticos e da sociedade nobre paulista, vários parentes seus exerceram papel de destaque na vida político-econômica de São Paulo, como por exemplo, seu avô Martinho Prado Júnior e seus tios-avô Antônio Prado e Eduardo Prado; sendo que os dois primeiros também possuíram mandatos na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo (1928) , onde mais tarde seria livre-docente de Economia Política.
Como intelectual teve importante atuação política ao longo das décadas de 1930 e 1940, tendo participado das articulações para a Revolução de 1930. Decepcionado com a inconsistência política e ideológica da República Nova, aproximou-se do marxismo e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil, em 1931.
A 12 de agosto de 1931, em São Paulo, nasce seu filho (com Hermínia F. Cerquilho), Caio Graco, que mais tarde conduzirá a Editora Brasiliense, fundada pelo pai em 1943.
Publicou, em 1933, a sua primeira obra - Evolução Política do Brasil -, uma tentativa de interpretação da história política e social do país.Após uma viagem à União Soviética em 1933 , à época no governo de Stálin, e a alguns países socialistas, alinhados à União Soviética, publicou URSS - um novo mundo (1934), edição apreendida pela censura do governo de Getúlio Vargas, que passaria a combater. Ingressou na Aliança Nacional Libertadora, a qual presidiu em São Paulo.
Em 1934, ano de implantação da Universidade de São Paulo (USP), juntamente com os professores Pierre Deffontaines, Luís Flores de Morais Rego e Rubens Borba de Morais, Caio Prado Júnior participou da fundação da Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB, primeira entidade científica de caráter nacional.
Em 1942 publicou o clássico Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia, que deveria ter sido a primeira parte de uma coletânea sobre a evolução histórica brasileira, a partir do período colonial. Entretanto, os demais volumes jamais foram escritos. Neste livro, alcança superar uma prática até então usual na Historiografia brasileira, qual seja, a da anacronia, consistente em se se analisarem os fatos passados sem perder de vista o seu desenlace presente. Caio Prado Júnior, por seu turno, é capaz de analisar os processos históricos a partir do mundo em que se desenvolveram, elaborando o mais completo quadro do Brasil Colônia até então traçado. Pautando a sua investigação em relatos coetâneos ao período do Brasil Colônia, pinta um retrato sem retoques de uma plano geográfico de que se encontram não poucas marcas no Brasil de hoje. O livro, ao lado de "Casa-Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, e de "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Holanda, forma uma tríade inelutável para se alcançar um conhecimento de como funcionam as estruturas sociais do país. Entrementes, em diferenciação a seus pares, Prado Júnior tende a dar as costas a um certo subjetivismo e a um certo tom redentor - apegando-se a evidências e evitando lucubrações simplistas, acaba por elaborar o livro que mais solidamente caracteriza a formação da sociedade brasileira.
Em 1945 foi eleito deputado estadual, como terceiro suplente pelo Partido Comunista Brasileiro e, em 1948 como deputado da Assembleia Nacional Constituinte. Todavia, este último mandato lhe seria cassado em 1948, na sequência do cancelamento do registro do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Dirigiu o vespertino A Plateia e, em 1943, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato, fundou a Editora Brasiliense, na qual lançou, posteriormente, a Revista Brasiliense, editada entre 1956 e 1964.
Na década de 1950, desenvolveu sua discussão sobre dialética, publicando dois livros: A Dialética do Conhecimento (1952) e Notas Introdutórias à Lógica Dialética (1959).
Sofreu novas perseguições durante o Regime Militar, após 1964.
Em 1966 foi eleito o Intelectual do Ano, com a conquista do Prêmio Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores, devido à publicação, naquele ano, do polêmico A revolução brasileira, uma análise dos rumos do país após o movimento de 1964


Obras

As principais obras de Prado Júnior:

·         1933: Evolução política do Brasil
·         1934: URSS - um novo mundo
·         1942: Formação do Brasil Contemporâneo
·         1945: História Econômica no Brasil
·         1952: Dialética do Conhecimento
·         1953: Evolução Política do Brasil e Outros Estudos
·         1954: Diretrizes para uma Política Econômica Brasileira
·         1957: Esboço de Fundamentos da Teoria Econômica
·         1959: Introdução à Lógica Dialética (Notas Introdutórias)
·         1962: O Mundo do Socialismo
·         1966: A Revolução Brasileira
·         1971: Estruturalismo de Lévi-Strauss - O Marxismo de Louis Althusser
·         1972: História e Desenvolvimento
·         1979: A Questão Agrária no Brasil
·         1980: O que é Liberdade
·         1981: O que é Filosofia
·         1983: A Cidade de São Paulo
Obs.: A maior parte das obras do autor foi publicada pela Editora Brasiliense.


Então é isso pessoal se tem algum nome que vocês querem saber mais um pouco, é só colocar nos comentários.





14 de julho de 2013

Principais Bacias Hidrográficas do Brasil


Bacia Amazônica


- Localizada na região norte do Brasil, é a maior bacia hidrográfica do mundo, possuindo 7 milhões de quilômetros quadrados de extensão (4 milhões em território brasileiro).
- O rio principal desta bacia é o Amazonas que nasce no Peru e depois percorre o território brasileiro.
- Possuí cerca de 23 mil quilômetros de rios navegáveis.
- Fazem parte desta bacia diversos afluentes do rio Amazonas como, por exemplo, rio Negro, Solimões, Branco, Juruá, Xingu, Japurá, entre outros.

Bacia do rio Paraná


- Possui uma extensão de, aproximadamente, 800 mil quilômetros quadrados;
- Localiza-se em grande parte na região sudeste e sul do Brasil (região de maior desenvolvimento econômico do país).
- Seu principal rio é o Paraná que recebe as águas de diversos afluentes como, por exemplo, rio Tietê, Paranapanema e Grande.
- Possui grande potencial gerador de energia elétrica. Nesta bacia encontram-se as usinas hidrelétricas de Itaipu (maior do Brasil) e Porto Primavera.
- A hidrovia Tietê-Paraná é uma importante rota de navegação nesta bacia.


Bacia do rio Paraguai


- O principal rio desta Bacia é o Paraguai.
- Grande parte desta bacia estende-se pela planície do Pantanal Mato-Grossense.
- Os rios desta bacia são muito usados para a navegação.
- O rio Paraguai drena a água de uma região de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados.

Bacia do rio Parnaíba


- Localiza-se na região nordeste, entre os estados do Ceará, Maranhão e Piauí.
- Possui, aproximadamente, 340 mil quilômetros quadrados de extensão.
- O principal rio é o Parnaíba que recebe as águas de diversos afluentes, sendo que os principais são: rios Gurguéia, Balsas, Uruçuí-Preto, Poti, Canindé e Longa.
- A principal atividade econômica desenvolvida no rio Parnaíba é a piscicultura (criação de peixes).

Bacia do Araguaia-Tocantins


- Localiza-se nas regiões central e norte do Brasil, entre os estados de Tocantins, Goiás, Pará e Mato Grosso do Sul.
- Os dois rios principais que fazem parte desta bacia são o Araguaia e o Tocantins.
- O rio Tocantins possui bom potencial hidrelétrico, sendo que nele está instalada a usina de Tucuruí.

Bacia do rio São Francisco


- Localiza-se em grande parte em território do Nordeste, entre os estados da Bahia, Sergipe e Alagoas. Porém, o trecho inicial da bacia está localizado no norte de Minas Gerais.
- Possui uma área de, aproximadamente, 650 mil quilômetros quadrados de extensão.
- O rio São Francisco é muito importante para a irrigação de terras em seu percurso e também para a navegação.
- Os principais afluentes do São Francisco são: rios Pardo, Ariranha, Grande e das Velhas.

Bacia do rio Uruguai


- Situada na região sul do Brasil, esta bacia estende-se também pelo território do Uruguai.
- Possui cerca de 180 mil quilômetros quadrados de extensão.
- Esta bacia apresenta importante potencial hidrelétrico, além de ser usado para a irrigação nas atividades agrícolas.

Bacia do rio Paraíba do Sul


- Localiza-se na região sudeste, entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro (maior parte).
- Sua extensão é de, aproximadamente, 300 mil quilômetros quadrados.
- O principal rio desta bacia é o Paraíba do Sul.





Legenda


Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b1.gif Bacia Amazônica
Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b2.gif Bacia do Araguaia-Tocantins
Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b3.gif Bacia do rio Paraíba
Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b4.gif Bacia do rio São Francisco
Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b5.gif Bacia do Paraná
Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b6.gif Bacia do rio Paraguai
Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b8.gif Bacia do rio Paraíba do Sul
Descrição: http://www.suapesquisa.com/geografia/b9.gif Bacia do rio Uruguai

2 de julho de 2013

Princípios de Geologia

 Uma das matérias com a qual mais me identifico até o momento no curso de Geografia é a geologia, acho super interessante os processos formadores da terra ou melhor acho fantástico, então nada mais justo do que reservar uma área no blog para tratar de Geologia espero que os posts nessa parte ajude a todos que se sintam em duvida em alguma coisa sobre o assunto.


O que é Geologia?


É a ciência que estuda a origem, a formação, a estrutura e a composição da crosta terrestre, além das alterações sofridas por ela no decorrer do tempo. O geólogo investiga a ação das forças naturais sobre o planeta e seus efeitos, como a erosão, a glaciação e a desertificação. Para isso, ele pesquisa e analisa fósseis e minerais e a topografia dos terrenos.


O que são rochas?



Compostas de agregados minerais, as rochas formam massas de notáveis dimensões. Constituem a camada mais externa de nosso planeta, ou seja, a crosta terrestre, ainda que algumas espécies também existam em porções da zona subjacente, o manto. Afloram com aspectos muito variados e, com freqüência, caracterizam a paisagem por causa de suas formas e cores, que variam de acordo com os minerais presentes. Originam-se por vagarosíssimos e contínuos processos de transformação da matéria. As rochas contêm os mais valiosos dados sobre a história da Terra.


A origem das rochas


Como os outros dois reinos naturais, o animal e o vegetal, também o mineral está formado por corpos que se transformam. A crosta terrestre e parte do manto estão em constante mudança. As rochas que os constituem surgem com aspectos diferentes em épocas distintas, constituindo as diversas fases do denominado ciclo das rochas. Nesse processo, as rochas, junto com os minerais, são redistribuídas no interior do planeta e sobre sua superfície. No ciclo das rochas se distinguem três processos formadores de rochas: o magmático, o sedimentar e o metamórfico.



Processo magmático


As rochas magmáticas ou ígneas se originam pela solidificação dos magmas, que são massa de silicatos fundidos, muito ricos em elementos voláteis. Localizam-se abaixo da superfície terrestre e se formaram por fusão de rochas sólidas preexistentes.
Se o material fundido vem do manto terrestre será um magma basáltico primário. Caracteriza-se por conter uma alta porcentagem de ferro e magnésio e pouca sílica. Ao contrário, se o que se funde são rochas da crosta terrestre levadas até zonas profundas mediante processos tectônicos, origina-se um magma anatéxico rico em sílica e mais viscoso, pelo fato de abundarem componentes sólidos imersos na massa fundida. O magma basáltico é muito fluido e seus componentes fundiram-se por completo.
Ambos os magmas podem cristalizar em profundidade (rochas intrusivas ou plutônicas), ascender até a superfície através de fissuras (rochas efusivas ou vulcânicas) ou cristalizar-se totalmente no curso da subida (diques ou rochas hipabissais). Os magmas anatéxicos se movem com maior dificuldade e tendem a se cristalizar em profundidade devido à forte viscosidade, enquanto que os basálticos ascendem com maior facilidade. Em condições intermediárias, formam-se os diques. O magma se esfria e se solidifica durante a subida à superfície ou na cristalização em profundidade.
Em geral, a cristalização dos componentes mineralógicos dos magmas produz-se segundo uma ordem precisa. Primeiro se segregam os ricos em ferro e magnésio, que têm um ponto de fusão mais elevado (elementos nativos, sulfetos de ferro e níquel, espinélio, olivina). Depois, é a vez dos que têm um ponto de fusão mais baixo (piroxênios, anfibólios, biotita, ortoclásio e quartzo). Junto a esses últimos se formam os plagioclásios, primeiro os cálcicos, depois os sódicos (nos diques esta ordem pode estar invertida). À medida que se consolidam os diversos minerais, a composição química do magma residual muda, tornando-se cada vez mais ácida e dando origem ao fenômeno da diferenciação magmática.
Durante a cristalização do magma, formam-se primeiro os minerais ricos em ferro
e magnésio, que têm ponto de fusão elevado. Portanto, o resíduo magmático se enriquece de sílica e alumínio. Quando se consolidam os piroxênios, anfibólios e plagioclásios cálcicos, formam-se o quartzo, os feldspatos e a biotita, minerais característicos do granito.
Os primeiros minerais a se cristalizar manterão seu hábito cristalino característico (idiomórficos), enquanto os restantes deverão ocupar os espaços livres e não poderão apresentar o hábito típico (alotriomórficos).
É comum que as rochas intrusivas e efusivas se encontrem geográfica e geologicamente separadas. Os granitos e as outras rochas intrusivas se acham nos continentes, em geral em forma de batólitos, ou seja, massas rochosas mais ou menos profundas e de grande extensão superficial. Os basaltos e rochas derivadas geralmente se encontram nos fundos e costas oceânicos.


Processo sedimentar 


As rochas sedimentares derivam da consolidação de materiais incoerentes, originados por acumulação mecânica de fragmentos mais ou menos grandes (sedimentos detríticos ou clásticos), pela precipitação química de dissoluções (sedimentos químicos) ou por atividade de organismos que fixam os sais aquáticos (sedimentos orgânicos).

O processo sedimentar detrítico inclui quatro fases: alteração, transporte, sedimentação e litificação. Os primeiros constituem o ciclo da erosão.

O material rochoso original se altera (meteoriza-se) por meio de agentes atmosféricos e de organismos vivos (animais e vegetais). Sobre o mesmo se forma um solo que também se constitui por restos orgânicos e é arrastado pela

água da chuva ou transportado, de forma parcial, pelo vento.

O transporte pode ser realizado por diversos agentes como a água líquida ou glacial, o vento, a gravidade e os organismos vivos. Geralmente produz-se uma seleção do material, de acordo com as dimensões e o peso específico dos fragmentos rochosos e minerais. Os menores e mais leves poderão ser transportados mais longe que os grossos e pesados. A característica da rocha também pode influir. Uma rocha pouco compacta e solúvel, por exemplo, desagregar-se-á com mais facilidade que outra compacta e pouco solúvel, de forma que a primeira pode ser transportada para lugares mais distantes.

A terceira etapa do processo sedimentar detrítico consiste na acumulação do material erodido e transportado, o que pode acontecer em um ambiente continental ou marinho. São sedimentos continentais as terras das encostas, as areias eólicas de zonas desérticas, os seixos, as areias fluviais, as lamas (sedimentos constituídos por partículas muito finas) e as argilas lacustres.

Com freqüência, lamas e argilas encontram-se intercaladas em níveis evaporíticos, ou seja, em sais precipitados a partir de soluções sobressaturadas por evaporação de águas salinas. Esses materiais são indicadores de um depósito de ambiente lagunoso. Outros materiais, selecionados segundo seu tamanho, são prováveis indicadores de um ambiente deltaico. A eventual presença de fósseis facilita a reconstrução do ambiente em que se depositaram as rochas.

Os sedimentos marinhos são formados por uma mescla de detritos mais ou menos grossos e se originam a partir de materiais continentais preexistentes. Esses materiais se consolidam por precipitação química ou bioquímica de sais contidos na água e restos de esqueletos e carapaças de organismos que vivem no fundo do mar. Segundo a profundidade do depósito dos materiais e a distância da costa, distinguem-se três tipos de sedimentos. Os sedimentos pelágicos são finos e silicosos, profundos e distantes da costa. Os sedimentos neríticos são mais grossos, menos profundos e mais próximos da costa, apresentando uma estrutura complexa, devido à circulação de águas e à atividade dos organismos. Por último, os sedimentos intercotidais, que se formam em deltas, lagunas e barreiras de corais, com freqüência são caóticos e se mesclam com materiais orgânicos.

Os processos sedimentares químico e bioquímico-orgânico se devem à precipitação de sais inorgânicos ou de substâncias úteis para a sobrevivência dos organismos, em primeiro lugar o carbonato de cálcio e depois o fosfato de cálcio, hidróxidos de ferro e sílica. O carbonato de cálcio se precipita quase sempre em ambiente marinho, amiúde se mesclando com carbonato de magnésio e lamas silicatadas muito finas, a uma profundidade não muito grande. Numerosos organismos animais e vegetais empregam essa substância para fabricar seus esqueletos e carapaças que, depois da morte desses seres, acumulam-se e dão origem a massas rochosas muito extensas. Dado que, a uma certa profundidade, o carbonato de cálcio se dissolve, os sedimentos mais profundos constituem-se quase exclusivamente de sílica, que procede da acumulação de restos de organismos ou de soluções de origem vulcânica.

Os sedimentos fosfatados e ferrosos têm origem continental. Enquanto os primeiros procedem da acumulação de esqueletos e excrementos de vertebrados, os segundos se formam por fixação bacteriana do ferro em soluções de água e nos pântanos. Existem também algumas bactérias que podem utilizar e concentrar o ferro presente nas águas e no solo. Após a morte dessas, originam-se depósitos ricos nesse metal.

Outro tipo de sedimento químico é a evaporita, que, como o nome indica, origina-se pela evaporação de águas salgadas (sobretudo marinhas, de bacias fechadas) e por precipitação de sais (cloretos e sulfatos de elementos alcalinos) nela contidos, os quais, em água normal e em condições climáticas não favoráveis à evaporação, permanecem em dissolução. A presença de evaporitas em uma formação rochosa indica condições climáticas cálidas durante a formação.

A fase final de todos os processos sedimentares é o de litificação, ou seja, a transformação de um sedimento incoerente em uma rocha coerente. Isso pode ocorrer tanto por simples compactação quanto por precipitação química de uma substância (denominada cimento) que liga ou cimenta os grãos detríticos. Essa fase se complementa com a diagênese, uma recristalização parcial de alguns minerais, devido à pressão dos sedimentos sobrejacentes e à dissolução e transporte de alguns elementos feitos pela água circulante. Esse processo geralmente leva à formação de rochas de composição bem particular (as dolomitas, por exemplo).



Processo metamórfico 


As rochas metamórficas se formam por transformação de rochas preexistentes. O fenômeno que as origina é muito complexo e não de todo conhecido. Metamorfismo é o conjunto de reações físico-químicas que têm lugar, em estado sólido, em uma rocha que é submetida a condições de pressão e temperatura diferentes das que foram originadas, e com as quais se ajustam ao novo ambiente. De fato, cada tipo de rocha está em equilíbrio somente em condições de temperatura e pressão bem definidas. Quando essas mudam, a rocha tende a alterar sua própria composição mineralógica e características para conseguir o equilíbrio com o novo ambiente. Por isso, recristaliza-se de forma total ou parcial.
As causas que provocam o metamorfismo são diversas. O processo pode ser produzido por causa do afundamento da crosta terrestre com o subseqüente aumento de temperatura (devido à gradação geotérmica) e pressão (por causa do peso das rochas sobrejacentes). Nesse caso se fala de metamorfismo dinamotermal. No entanto, às vezes intervêm também movimentos de massas rochosas (como na orogênese) e o processo afeta grandes regiões. Fala-se, nesse caso, de metamorfismo regional.
As rochas que se formam por esses dois processos metamórficos exibem estruturas e texturas características, ligadas à presença de minerais lamelares mesma direção e paralelos entre si. São de fácil esfoliação em lâminas devido à sua estrutura xistosa.
Se a rocha descer a profundidades maiores, a temperatura continua aumentando e outros cristais são cristalizados. A xistosidade desaparece e se formam rochas mais massivas, que se caracterizam pela presença de ocelos, pequenos nódulos e lentilhas, além de amígdalas isoorientadas entre si e constituídas por quartzo e feldspatos. A rocha apresenta, nesse caso, uma típica estrutura gnáissica. Algumas vezes, o aumento de temperatura e pressão pode levar à fusão de alguns de seus componentes, como o quartzo, o feldspato potássico e a albita. Dessa maneira dá origem a um magma anatéxico de composição granítica (ácida), que pode impregnar as rochas circundantes sob a forma de veios e filamentos de cor muito clara. Forma-se assim uma migmatita caracterizada pela presença, no conjunto rochoso, de veias mais ou menos finas, constituídas pela consolidação do magma anatéxico.
Outro tipo de metamorfismo é o de contato. Ocorre quando uma massa magmática de alta temperatura ascende à superfície terrestre, atravessando rochas preexistentes, sejam elas sedimentares, metamórficas ou magmáticas. Nesse caso, o agente que predomina é a temperatura: máxima na zona de contato entre a rocha encaixante e a massa magmática, diminuindo com a distância. A massa rochosa que rodeia o contato se denomina auréola metamórfica de contato. Nela se formam minerais muito bonitos e característicos, diferentes segundo o tipo de rocha encaixante e da massa magmática.
Muito comuns são os processos metamórficos que ocorrem devido ao movimento de massas rochosas (uma em relação a outra), devido a pressões geológicas. Formam-se, assim, rochas características que se denominam milonitas e se caracterizam por uma intensa fratura. Esse tipo de metamorfismo se chama cataclástico. (micas, cloritas) e prismáticos (anfibólios, piroxênios, epídotos).

Rochas Ígneas 


Rochas ígneas são formações rochosas vítreas ou cristalinas criadas originalmente pelo resfriamento e solidificação de material derretido. Esse processo ocorreu primeiramente nas profundezas da Terra, mas atividade geológica subseqüente pode ter impelido as formações ígneas para a superfície. A palavra “ígnea” vem do latim “ignis”, que significa “fogo”.



Magma


A rocha ígnea é formada pelo magma solidificado, uma rocha em estado de fusão, rica em sílica, que provém de camada interior da Terra, penetra na crosta e chega até a superfície terrestre. O magma é semelhante a muitos dos materiais que são expelidos para o exterior durante erupções vulcânicas. Qualquer material ígneo que alcança a superfície terrestre recebe o nome de lava. A maioria das lavas se constitui da rocha negra e densa denominada basalto, e os cientistas crêem que a rocha derretida na camada interior da Terra (que é profunda demais para ser explorada) é também desse tipo.




Tipos de rocha básica


Rochas ígneas são intrusivas ou extrusivas. As que provêm das regiões mais profundas, mas depois ficaram mais próximas da superfície, são as intrusivas plutônicas. Entre elas, a mais comum é o granito; entre outros tipos abundantes estão diorito, gabro, peridotita e sienita. Dolerito, lamprófiro, porfirita e pórfiro são rochas que se solidificaram nas regiões intermediárias. Atividade geológica posterior corroeu as camadas acima delas e expôs elementos da superfície de características ígneas como o sill e o dique. 
Coletivamente recebem o nome de rochas intrusivas hipoabissais. Extrusivas são as que se consolidaram na superfície da crosta a partir da matéria expelida pelos vulcões. São encontradas tipicamente como fluxos de lava solidificada e incluem andesito, basalto, obsidiana, perlita, riólito, tefrito e traquito. Outras extrusões eram originalmente piroclásticas, ou seja, rochas ejetadas em explosões vulcânicas, ao contrário das que fluíram como lava. Exemplos incluem determinados tipos de brecha e tufo.


Componentes Minerais 


Embora os diferentes tipos de rochas ígneas tenham composição física variável, a maioria contém menos de uma dúzia de minerais e grupos de minerais. Os mais importantes desses são: anfibólios, apatita, feldspatos, leucita, micas, nefelinita, olivinas, piroxênios e quartzo. Como as rochas sedimentares e as metamórficas, as ígneas são classificadas de acordo com o tamanho médio dos grânulos minerais de que são constituídas.
Rochas ígneas de origem vulcânica tendem a ter granulação bem fina, com partículas tipicamente com menos de 1 mm de diâmetro. As variedades vítreas são denominadas obsidianas. Essas são as únicas rochas que os geólogos podem provar que foram criadas pelo magma. A origem das outras formações que se acredita sejam ígneas ocorre em regiões profundas demais da Terra para ser determinada com precisão; teorias sobre como essas rochas se formaram são grandemente especulativas e baseadas em comparações com espécimes vulcânicos conhecidos como ígneos. As rochas vulcânicas mais comuns são o basalto, a mais abundante de todas as rochas ígneas, o andesito e o riólito, que é composto largamente de feldspatos alcalinos e quartzo. Outras menos comuns não contêm feldspatos nem quartzo, mas são ricas em feldspatoides como a leucita e a nefelina.

Rochas subvulcânicas 


As rochas ígneas subvulcânicas tendem a ter granulação média (1-5 mm de diâmetro). Rochas ígneas plutônicas têm granulação grossa, com diâmetros típicos superiores a 5 mm. As mais comuns são gabro, granito e granodiorito.


Ultrabásicas e básicas 


As rochas ígneas podem também ser divididas de acordo com o teor de sílica. As ultrabásicas contém menos de 45% de sílica. Entre essas estão as rochas plutônicas dunito e peridotita, que com freqüência contêm olivina e piroxênio, porém não os minerais quartzo ou feldspato. Algumas rochas ígneas ultrabásicas contêm feldspatóides.
Rochas ígneas básicas contêm entre 45% e 52% de sílica. Entre essas estão rochas gabróicas (plutônicas) e basálticas (vulcânicas) que, em geral, contêm pouco ou nenhum quartzo mas são ricas em feldspato plagioclásico, olivina e piroxênio. Rochas ígneas intermediárias contêm até 66% de sílica, entre as quais se incluem o diorito e o andesito. Rochas ígneas ácidas como riólitos contêm mais de 66% de sílica. Entre os mais importantes minerais que elas contêm estão biotita, hornblenda, moscovita, vários feldspatos potássicos e quartzo.




Rochas sedimentares


A superfície da Terra muda o tempo todo devido ao desgaste provocado implacavelmente pelo vento, pela água e por gelo. Cada uma dessas forças consegue fragmentar materiais das rochas em sua localização original, transportando-os quase a qualquer distância e depositando-os novamente em outros locais. Giz, argila, carvão, calcários, areia e arenito estão entre as rochas formadas por esses processos e são coletivamente denominadas sedimentares.
Embora constituam entre 70% e 75% das rochas expostas na superfície terrestre, as rochas sedimentares são apenas um componente menor (cerca de 5%) da crosta da Terra, como um todo.
As rochas sedimentares se formam a baixa temperatura e pressão junto à superfície terrestre. São criadas de duas maneiras: pela acumulação de sedimentos que se transformam em rochas (processo este chamado “petrificação”) ou pela precipitação de soluções em temperaturas normais. Todas as rochas sedimentares são constituídas de material geológico preexistente.
Uma das mais importantes características das rochas sedimentares é que se formam em camadas. Esta formação é denominada estratificação. Cada uma dessas camadas possui características específicas, que refletem as condições predominantes quando as rochas foram originalmente depositadas. Muitas formações rochosas sedimentares típicas mostram marcas de ondulações da água e rachaduras no barro provenientes da passagem da água sobre sua superfície.
Em virtude de as rochas sedimentares conservarem marcas indeléveis das condições em que originalmente se formaram, elas proporcionam uma grande quantidade de informações aos geólogos e historiadores. É nessas rochas que são encontrados fósseis, e estes contribuíram mais do que qualquer outra coisa para aumentar nosso conhecimento da historiada vida na Terra.

Classificação


As rochas sedimentares são classificadas de acordo com os minerais que contêm e o tamanho de seus grânulos. Rochas cujos grânulos têm menos de 0,06 mm de diâmetro são classificadas como folhelhos; aquelas com grânulos entre 0,06 e 2,0 mm são os arenitos e as com grânulos de mais de 2,0 mm de diâmetro denominam-se brechas, conglomerados ou cascalhos. Alguns minerais sedimentares quase não sofrem transformações ao serem transportados para um novo lugar e são também resistentes à subseqüente erosão ou desgaste pela ação atmosférica. O exemplo por excelência desse tipo de mineral é o quartzo.
  • Rochas detríticas


As rochas sedimentares mais comuns são as formadas por materiais que se desintegraram pela ação atmosférica, provenientes de rochas magmáticas, metamórficas e outras rochas sedimentares. Os detritos resultantes foram transportados de sua localização original pela água, vento ou gelo e novamente depositados em um lugar diferente. Embora ao chegar esses detritos geralmente tomassem a forma de minúsculas partículas de rochas ou minerais, foram depois comprimidos durante milhões de anos e transformados em rochas compactas. Tais rochas foram cimentadas por minerais carbonatados ou por quartzo.
  • Rochas químicas



    As outras categorias principais de rochas sedimentares são constituídas de depósitos formados pela precipitação de líquidos que as transportaram de sua localização anterior. As rochas químicas, como são chamadas, se formam quando o líquido no qual os detritos minerais foram dissolvidos se torna saturado: esse processo freqüentemente resulta na formação de belos cristais. As rochas sedimentares quimicamente formadas mais comuns são os calcários calcita, aragonita e dolomita.

    As rochas sedimentares químicas, em geral, têm granulação mais grossa do que as rochas detríticas, e sua estrutura tende a ser menos facilmente visível. Os cientistas podem obter grande quantidade de informações sobre as condições em que se formaram originalmente as rochas sedimentares de origem química medindo o teor de sal e ácido que elas contêm. Os minerais mais comumente encontrados nesse tipo de rochas são os pertencentes ao grupo evaporita. Estes incluem anidrita, gipsita e halita (sal comum).


    Rochas metamórficas 


“Metamórficas” é o nome dado a rochas que sofreram transformações pela ação da temperatura, pressão, tensão mecânica e/ou pela adição ou subtração de compostos químicos. As rochas preexistentes das quais os estratos metamórficos se formaram podem ser de origem sedimentar ou ígnea. As rochas metamórficas podem também se originar de depósitos metamórficos mais antigos, preexistentes.
Geralmente, as rochas metamórficas se formam em zonas que podem se estender através de milhares de quilômetros, conhecidas como cinturões orogênicos (“orogênico” deriva da palavra grega que significa “formação de montanha”. Entre os melhores exemplos estão as Grampian Highlands, na Escócia, os Alpes, na Europa, e os Apalaches, nos EUA. Há quatro principais processos metamórficos e diversas variações dos temas básicos. Aqui está uma descrição em linhas gerais dos tipos mais importantes.